Minha eterna gratidão à São Paulo

Naquela noite de sexta-feira de 31 setembro último, no Citibank Music Hall, todas as pessoas aos gritos e ótimas ondas da platéia acesa. Me lembrei chegando à cidade de São Paulo com o coração na nuca, vendo a cidade sem fim a minha frente.

Eu estava ali frente a um bicho novo, sem ar, estática e desesperada. Mas não era um desespero por voltar, era por achar que não tinha mais volta. Entrando ali eu me transformaria muito, eu não voltaria para o que eu era antes dela, não falo de essência nem de caráter, falo de experiência, crescimento, de antítese do que eu vivi até aquela minha idade. Todas aquelas possibilidades de tudo e de tanto que eu sempre esperara, poderia ser buscada bem a minha frente.

Nesta noite, 14 anos depois de tantos anos e tantas histórias de primeira impressão por São Paulo, eu me lembrei do instante em que cheguei aqui, e então acordei entrando em um palco com uma platéia repleta que agora eu estava mais dentro dela do que nunca, e que ela agora era minha íntima fagulha!

Esta cidade sempre me deu muito. Nesta temporada de platéia interada de letras e melodias eu percebi que o carinho e gratidão são recíprocos; obrigada São Paulo!